Crítica | Invincible (1ª Temporada)

Uma mistura de The Boys, Homem-Aranha com Jovens Titãs, ou mais ou menos isso tudo. Em uma animação. Invincible (ou Invencível) chega em um bom momento para séries de super-heróis, trazendo dois grandes diferenciais: a violência extrema envolvendo adolescentes e não ser um live action. E se destaca muito bem.

Confesso que o primeiro episódio não estava me convencendo muito até chegar nos minutos finais, quando um plot twist acontece e explode cabeças (literalmente). É um ótimo cliffhanger e me fez querer assistir aos próximos para entender o porquê daquilo e como impactaria na história.

A série consegue com muita competência manter esse mistério até o último episódio da temporada, sem forçar e nem prender com tramas paralelas claramente para encher linguiça. Pelo contrário, todas os plots que vão surgindo são pertinentes, se entrelaçam e causam conflitos reais e, apesar de por vezes clichês, sempre bem elaborados.

A série se destaca ap trazer um adolescente no Ensino Médio que é filho do mais poderoso super-herói da Terra. A princípio, o protagonista Mark já passou da idade de manifestar seus poderes e aparentemente será só um ser humano comum, o que seria muito frustrante sendo filho de quem é.

Ao começar por essa premissa, a série parece que não vai acrescentar nada de novo e será só mais uma série de heroizinho. Mas quando a violência absurda e exagerada começa a jogar tripas e sangue na tela e os personagens começam a ganhar profundidade em tramas ainda não muito exploradas pelo gênero, aí tudo fica muito mais interessante.

Em seus episódios finais, Invincible chega a um clímax de tirar o fôlego, emocionando e dando um pouco de repulsa, tamanha a violência. Talvez esse, inclusive, seja o único (ou pelo menos mais relevante) ponto negativo da série, apesar de que muitos podem considerar ponto positivo: a violência extrema e gráfica. Sempre bato na tecla de que dá pra passar a mesma ideia na narrativa sem precisar mostrar tanto. Porém, sendo uma história de Robert Kirkman, mesmo criador de The Walking Dead, já era algo de se esperar.

Como pontos realmente positivos, destaco os diferenciais já citados em relação às suas ‘concorrentes’ do gênero; a dublagem original que conta com atores consagrados e a excelente trilha sonora que normalmente não se encontra nesse tipo de produção. Não posso opinar sobre a dublagem brasileria, pois só vi no original, mas me disseram que está muito boa também. E sim, a história em si é bem interessante e divertida. Cheia de nuances, detalhes e referências à cultura pop, especialmente aos universos de super-heróis de Marvel e DC.

Para quem gosta de super-heróis e para quem gosta de produções que mesclam violência exagerada e boas histórias (pense em TWD e GoT), Invincible é uma ótima pedida. Diverte, emociona, causa repulsa e faz pensar na medida certa. Ponto para Amazon que pegou um nicho que já havia conquistado com The Boys e trouxe algo parecido mas diferente.

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