Eu

Eu sou escuridão!
Eu sou tinta escorrendo no papel.
Eu sou controle remoto.
Sou folha de papel recebendo palavras de ódio!
Sou significado para uma cabeça confusa;
Sou perturbação para os cômodos
Sou consolo para os perturbados!
Sou pimenta atrás da porta, afim de afastar a inveja.
Sou inveja de oportunidades, aquelas que não tenho acesso.
Sou música nova, que toca repentinamente até pegar!
Sou faca, que corta tudo e todos.
Sou frase in..completa.
Sou um poema de Fernando Pessoa, na voz do Belchior
Sou quase nada.
Sou tudo o que se vê ao acordar,
sou também a última coisa que se vê ao fechar os olhos.
Sou mensagem romântica, chegando em uma madrugada fria.
Sou bolo de aniversário, vendo todos felizes ao meu redor e eu, queimando.
Sou um pedido.
Sou desejo.
Sou perdido.
Sou a tempestade que destrói, e constrói.
Sou conta atrasada.
Sou quase um nada!
Sou beco escuro, escondo a paz.
Sou terror!
Sou cego, e puritano.
Sou nada!!
Sou Cearense!
Sou quase tudo;
Sou um pouco de tudo.
Eu Sou tudo!!