Review | Broforce

Tiro, porrada e bomba. E muito rock n’ roll. Dá pra resumir Broforce dessa forma. É simplista? Sim. Tá certo? Também. Isso é ruim? De forma alguma!

Primeiramente, é importante ressaltar que, sim, estou fazendo review de um game de 2014. Mas hey, eu dificilmente jogo games novos. Eu tenho um PS3 para o qual o último game que comprei foi em 2018, talvez.

Já haviam me indicado o game há algum tempo, mas eu nem lembrava que tinha steam e nem tava podendo ficar gastando dinheiro em joguinho. Aí deixei ele lá na lista de desejos. E, veja só, funciona! Nesse período de quarentena várias promoções andam rolando e logo fui notificado que ele estava em promoção: comprei por míseros R$6,24!

E pensa num dinheirinho bem gasto! Rapaz, que game divertido! Sabia que renderia uma boa diversão, mas não imaginava que fosse tão bem feito e que era tão viciante.

Pra mim, que fui uma criança do fim dos anos 80 e início dos 90, o game é um deleite. Toda testosterona desenfreada e insana dos filmes de ação que eu já assisti sendo clássicos estão presente no game bem na fronteira entre sátira e homenagem.

Trata-se de um shoot’em up bem clássico, parecido com um Metal Slug com ainda mais insanidade e talvez um pouco menos impossível de ser jogado (porque convenhamos, MS tinha momentos que eram claramente desenvolvidos pra te fazer perder, fosse os créditos no arcade ou a paciência).

Se fosse só isso, com personagens genéricos como em Metal Slug, já valeria a pena. Mas o jogo é um festival de referências aos filmes de ação, em especial dos anos 80 e 90. Todos os personagens jogáveis são tirados de lá.

E é uma salada louca! Começamos com o Rambo (e eu diria que ele é o principal). Depois, a cada vez que salvamos um refém, automaticamente trocamos de personagem. Essa característica do game pode ser boa ou ruim, dependendo do ponto de vista. Eu acho (quase sempre) boa. Só é ruim quando o personagem não é tão útil.

Voltando aos personagens, vou tentar citar todos que vi até agora: Exterminador do Futuro, Robocop, John McClane (Bruce Willis, Duro de Matar), Juiz Dredd, Indiana Jones, Neo, Blade, McGyver, Conan, Machete,John Matrix (Schwarzenegger em Comando para Matar), Van Damme em Soldado Universal, Van Damme em TimeCop, Jay (Will Smith em MIB), um personagem do Mr. T (deve ser de Esquadrão Classe A), um personagem do Josh Brolin que não identifiquei, Ripley (Aliens), um do Chuck Norris, um do Charles Bronson e mais uma porrada de personagem que não lembro.

Cada um tem uma arma e/ou bomba mais exagerada que a outra. E por isso, cada um tem sua vantagens e desvantagens. Por exemplo, o Exterminador usa a metralhadora giratória. Ela é bem potente e tem um tiro intermitente, porém, o coice é tão forte, que o empurra (muito) pra trás. Então cada vez que você atira acaba voltando na tela.

O McGyver só usa dinamite, o Neo só dá socos, o Blade uma espada, Indiana Jones usa chicote… e por aí vai. Então, a cada vez que você salvar um refém, ganhará uma vida, mas poderá pegar um personagem aleatório que poderá lhe ser muito útil ou te ferrar.

E o jogo tem uma velocidade alucinante. Tem explosões o tempo inteiro, uma barulheira louca… Sério, até você se acostumar com o ritmo e a intensidade vai ficar até mais nervoso ao jogar. Ou não, você pode achar essa loucura toda relaxante ou simplesmente hilária.

Você pode ir abrindo caminho por debaixo da terra quando descer para uma plataforma inferior, o que pode ser muito útil no jogo. Em algumas fases existem bombardeios aéreos que podem te ajudar bastante ou te custar umas vidas.

E as animações? Tanto dos personagens jogáveis quanto dos NPCs estão muito bonitas. Simples, mas ao mesmo tempo cheia de detalhes. Só vendo pra entender. Tem até algumas cut scenes engraçadinhas, bem com a cara do game.

Há a opção de multiplayer offline em modo coop. Eu sempre jogo com a minha filha. Ok, ela tem 8 anos e talvez esse jogo não seja lá muito adequado a ela, mas ora, eu ASSISTIA a esses filmes quando tinha a idade dela. Certamente era bem pior. Me lembro que devia ter até menos quando vi Comando para Matar no VHS com meu pai.

Mas como eu disse, é tudo tão caricato e surreal, que ela já entendeu desde cedo que é tudo ‘uma mentirada’, como meu pai dizia sobre os filmes de ação. Ela se diverte muito com as bobajadas do game e faz um air guitar junto com o solinho de guitarra a cada fase concluída.

Aliás, a trilha sonora é outra coisa maravilhosa no game. Ajuda no clima ‘viril old school’. E os trocadilhos? Pra evitar problemas com copyright, todos os personagens tem nomes que brincam com seus nomes reais (seja do personagem ou do ator) e inclui a palavra ‘bro’, até no nome das meninas. Há muitos outros easter eggs se você estiver conhecer o lore no qual o game se baseia.

Em suma, Broforce é o jogo mais divertido e insano que joguei nos últimos tempos e é incrivelmente nostálgico em diversos aspectos. Você consegue se divertir, relaxar/xingar e rir muito. Recomendo para todos. E se puderem pegar como eu peguei, por uma ninharia, aí fica perfeito!

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.