Cinéfilo ou não, há uma grande de probabilidade de que você já tenha assistido a um filme ou série cuja história conte sobre alguém preso em loop temporal. A temática está presente nos mais diversos gêneros, desde o óbvio ficção científica a comédias, com forte presença no drama. Portanto, só de ler a sinopse de uma produção que tenha enfoque nessa ideia, automaticamente você pensa ‘já vi esse filme’, literalmente por vezes.

Porém, O mapa das pequenas coisas perfeitas consegue se reiventar dentro do clichê (desse central e de outros) e entrega uma história divertida e que traz reflexão, sendo muito gostoso de assistir. Pra começo de conversa, não tem aquela coisa de precisarmos ser apresentados ao conceito ou o que levou àquelas situações. Não descobrimos junto com o personagem que ele está preso num loop.
Mark (Kyle Allen), o personagem que acompanhamos na história, já começa o filme sabendo o que está acontecendo, ainda que não saiba o porquê. E isso logo fica claro pra gente. Outra coisa diferente desde o início, é que essa situação não parece o incomodar e ele não está buscando sair dali. Pelo contrário, ele tira proveito disso, se diverte e até ajuda outras pessoas. Não fazemos ideia de há quanto tempo ele vive o mesmo dia, mas claramente ele o está vivendo há um bom tempo e da melhor forma que consegue, tentando fazer da sua vida a melhor possível e aperfeiçoando cada momento com a repetição e prática.
Tudo muda quando ele conhece Margaret (Kathryn Newton), uma menina que também está presa nesse loop mas não parece estar curtindo da mesma forma que ele.
Então o filme passa a ganhar tons de um romance até meio bobinho, e isso dura boa parte do filme. Só que ele ainda consegue manter certa originalidade.

O título vem do fato que em dado momento os personagens centrais passam a ‘colecionar momentos perfeitos’, coisas incríveis que acontecem naquele dia, anotando o local exato e a hora. Assim, sem querer (ou não) eles acabam dando sentido ao famoso carpe diem.
Depois de algumas reviravoltas previsíveis, mas mesmo assim boas, temos um momento mais triste e, pra mim, um tanto inesperado e que leva a uma boa lição a se tirar. Ah, e ainda tem muitas referências nerd e à cultura pop em geral.
No fim das contas, é um filme muito fofinho, divertido, gostoso de assistir e que tem uma boa mensagem.
Mais um filme pra coleção de gratas surpresas e que se revelam muito mais do que parecem ser.
[…] faz muito tempo que falei aqui sobre O mapa das pequenas coisas perfeitas, um filme sobre loop temporal (aqueles onde os persoangens vivem o mesmo dia infinitamente). Na […]
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