Recomendação | Ajustando um Amor

Eu amo uma produção que trate de viagem no tempo, loop temporal e essas coisas. Então eu já vi muita coisa dentro dessa temática. Por isso é difícil assistir algo e pensar ‘ok, essa é nova!’ Pois com Ajustando um Amor, eu pensei isso. Um filme que consegue fazer algo novo dentro de uma proposta meio manjada.

Comecemos pela sinopse: “Sheila e Gary se conhecem e é amor à primeira vista. Mas o encontro mágico dos dois não foi obra do acaso. Sheila tem uma máquina do tempo e sempre volta para a noite em que os dois se viram pela primeira vez. Mas ela logo começa a alterar o passado, mudando a sua vida e a realidade de todos ao seu redor.

Por mais de uma vez eu comecei a ver um filme despretensiosamente achando que ele seguiria um caminho mais padrão, levaria do ponto A ao B de forma tradicional em termos de roteiro, direção e até atuação, especialmente quando se pensa na proposta dele, o que ele promete.

Outras vezes eu já sabia que o filme não seria exatamente o que parece, mas mesmo assim ele entregou ainda mais do que imaginava. Normalmente, quando um caso desses acontece eu vim aqui falar sobre: Palm Springs, O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas e Quando nos Conhecemos.

Dessa vez, minha esposa assistiu Ajusatando um Amor um dia, sem mim, pois achou que seria uma comédia romântica ‘normal’. Mas o filme toma um caminho bem improvável e ela fez que questão de rever comigo.

É claro que eu não vou dar spoilers, mas, mesmo seguindo quase que exatamente o que diz a sinopse, ele consegue divergir de uma foma inesperada. Então, mesmo se fosse só isso, já valeria a pena assistir.

Só que a história é bem mais profunda que isso. A parte dramática é bem intensa se você prestar bastante atenção. Se você estiver só curtindo, sentindo o filme, talvez até passe batido. Mas enxergando nas entrelinhas, você verá como ele trata predominantemente de depressão.

Isso fica claro em alguns momentos, mas no geral, notamos que o fato da protagonista estar prestes a tomar uma atitue drástica quando o loop começa, de ela não hesitar em se livrar de sua outra versão e, especialmente, como ela prefere reviver o mesmo dia todos os dias, mesmo quando o resultado não é o esperado ou quando ela ‘se cansa’, tem a ver com o fato de estar em lugar que ela conhece, que não precisa se preocupar e temer o amanhã.

Saindo um pouco da história, é muito bem ver a Kaley Cuoco (nossa eterna Penny de The Big Bang Theory) tendo espaço para mostrar seu talento, suas capacidade de variar na interpretação, ainda que as partes cômicas ainda sejam bem marcantes. Seu parceiro no protagonismo do filme, Pete Davidson, acaba não sendo tão marcante como ela, mas faz um bom feijão com arroz e dá conta.

Eu comecei achando que veria uma comédia romântica. Mesmo tendo sido avisado que ela seria ‘diferente do comum’, eu fui surpreendido. Inclusive dentro do sub-gênero que envolve loop temporal. No fim, há bastante ‘romântica’ e pouco ‘comédia’. No máximo, um dramédia.

Por tudo isso, recomendo bastante Ajustando um Amor, que no momento em que escrevo esse texto, está disponível no Prime Video. Assistam e depois me digam se também se surpreenderam.

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