Crítica | Upload

Upload é uma série Amazon Original, e está disponível no serviço de streaming Prime Video. Já faz um tempinho que está disponível (desde Maio) mas só agora resolvi dar uma chance. E valeu a pena, a série é bem divertida e ao mesmo tempo traz uma carga dramática considerável ao nos incutir questionamentos sobre ética, vida após a morte e filosofia, de um modo geral.

A ideia é a seguinte: no futuro, será possível transferir sua consciência para uma espécie de realidade virtual pós-morte. É literalmente fazer um upload da sua ‘alma’ para um paraíso. Existem mais de um, e claro, quanto mais ‘perfeito’ o paraíso e seu ambiente artificial, mais caro. Assim, só o mais ricos tem acesso a um paraíso mais completo, por assim dizer.

Upload parece uma mistura de Black Mirror com The Good Place. É um dramédia que trata de assuntos profundos e importantes através de uma linguagem simples e até inovadora, com momentos de comédia boba mas quase sempre cheia de reflexão. Ah, também tem um bom tempero de suspense, daqueles que nos fazem tentar descobrir quem é o culpado.

A atuação de Robbie Amell no papel principal de Nathan está surpreendentemente ótima. A surpresa se deve ao fato de que já conhecia o ator por sua participação na série The Flash e ela não foi nada boa em termos de talento. Aqui, ele está super versátil, mostrando uma ótima veia cômica e sendo muito competente nos momentos de drama.

Sua química com a sua parceira no protagonismo da série, Andy Allo (Nora), também é muito boa. A gente acaba torcendo muito pelo casal e sente verdade na relação deles. Outros atores também estão muito bem e com personagens cheios de nuances que nos fazem torcer por eles, odiar alguns deles em alguns momentos e em outros entendê-los e até gostar as vezes.

No final das contas, Upload é uma série muito divertida, do tipo que arranca gargalhadas, mas que também traz sci-fi, fantasia, mistério, romance e que pode render ótimas discussões do tipo ‘imagina se isso fosse mesmo possível?’ ou ‘e aí? será que isso é errado ou não é bem assim?’. Ainda há espaço para muitos detalhes que valem a pena serem notados e um ou outro clichê que são gostosos.

Com seus 10 episódios (apenas o primeiro tendo 45min e os outros pouco mais de 20min, no geral) e com ritmo bem fluido e objetivo, porém suficientes para um bom desenvolvimento dos personagens, é um série que recomendo muito e que merece mais atenção de todos.

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